Mateus 5.48
Digo constantemente que nos dias festivos como o Dia dos Pais, das Mães e etc., as pessoas estão divididas em dois sentimentos básicos: o primeiro é o de alegria nestes dias por conta das boas lembranças que têm de seus pais ou a alegria de sua presença ainda consigo. O segundo é o de tristeza, raiva ou ainda de desilusão porque foram abandonados por um ou pelos dois, ou porque seus pais não foram os melhores genitores do mundo.
Nestes dias uma grande parte comemora e a outra não tem o porque disso. É claro que quem comemora não necessariamente tem algo a ver com quem não possui motivos para a celebração e virse-e-versa, todavia cabe sempre fazer uma pequena reflexão para que nossa consciência esteja alerta acerca dos que sofrem por não ter “sentimentos” em relação e esses dias.
O real motivo desta web mensagem é dar aqui o devido respeito e honra a um Pai que é mais do que especial e está acima de qualquer pai ou mãe, por melhores que sejam ou possam vir a ser, neste mundo ou de qualquer futuro. Refiro-me ao Pai perfeito, o Deus criador do universo e da vida de todos os seres, ao Único Soberano e Sehor de tudo o que há, ao YaHWeH, o El-Shadai, o Deus Todo-Poderoso. A esse Pai perfeito rendo minha homenagem e espero que todos assim o façam em todos os dias comemorativos, sem deixar de também honrar aqueles que lhes são queridos.
Nenhum de nós tem sequer uma referência de um pai que seja perfeito neste planeta ou em qualquer lugar. Por mais maravilhoso que tenha sido um pai, nunca poderá ser comparado à perfeição divina. Portanto, resulta-se duas situações, uma é que temos um alívio existêncial de que não precisamos lutar pela perfeição porque esta somente encontra-se nele. E a outra é a falta de compreensão de nossa parte quando esse ser perfeito de move ou não em nosso plano de existência. Por não compreendermo a perfeição, não entendemos as atitudes divinas, por não nos movermos neste plano de perfeição em que Ele vive, e somos limitados por causa disso.
Descrevo abaixo algumas características bíblicas desse Pai perfeito no Novo Testamento e desejo que esse Deus-Pai seja glorificado em nossas vidas e sociedade com a demonstração de nossa intimidade e relacionamento real com Ele.
- Um Pai que vê em secreto (Mateus 6.4) – longe de estabelecer julgamentos, apenas quero dizer que algumas passoas, homens, mulheres e jovens da Igreja parece que não conseguem enxergar o óbvio: Deus vê quando ninguém mais está nos vendo. Me parece que alguns não estão dando a mínima para esse fato, e podem ter uma tremenda e decepcionante surpresa no dia do julgamento, ou não foram ensinados nessa verdade bíblica.
- Um Pai que conhece as nossas necessidades (Mateus 6.32) – esse é parte de um dos textos mais pregados e estudados da Bíblia e ainda assim alguns vivem como se isso não fosse real. Deu-Pai sabe o que eu preciso amannhã, depois de amanhã, na semana que vem, no ano que vem e assim por diante. É preciso crer nesta palavra e confiar que Ele sabe o que necessitamos, da mesma forma que um bom pai ou mãe sabe do que seus filhos precisam.
- Um Pai que dá o melhor (Mateus 7.7-11) – Aquele que sabe o que precisamos, sabe dar o melhor para cada um de nós. O mais extraordinário na onisciência de Deus não é que Ele conhece antecipadamente todas as coisas e as nossas necessidades, mas que Ele está disposto a nos dar o melhor por causa deste conhecimento antecipado das coisas. O melhor de Deus é o melhor em todos os sentidos.
- Um Pai que nos ama (João 16.26,27) – o amor desse Pai supera toda e qualquer carência que o ser humano possa vir a ter. O problema é que uns acham que por Ele ser Deus e invisível ou coisa parecida, não conseguirão ter um relacionamento de fato e concreto com Ele. Mas não sabem que o relacionamento com Deus-Pai começa no reconhecimento de que você precisa de algo muito maior do que qualquer coisa que há no mundo, na leitura e meditação de sua Palavra para compreender sua vontade, na oração diária que se traduz em uma conversa íntima com Ele e por aí vai. Como não sonseguem se relaconar com Deus, não percebem o amor dele por eles.
- Um Pai que é justo (João 17.25) – eis um dos maiores problemas em relação a Deus desta época: não compreendem que Deus é justo. Em sua justiça Deus não cometerá injustiças com quem quer que seja para satisfazer os desejos de alguns. A justiça de Deus é correta, não corrupta e desprovida de interesses pessoais. Um dia, todos verão e serão julgados pela justa justiça de Deus e então entenderão o que sabemos apenas superficialmente.
- Um Pai que nos corrige para o bem (Hebreus 12.5-9) – hoje são criadas leis que impedem os pais de corrigir seus filhos e já estamos vendo nos noticiários o resultado em curto tempo desse tipo de atitude, mesmo que não se queira aceitar esse fato. Aos pais, em todas as épocas, coube-lhes o direito sagrado de corrigir os seu filhos para que estes não sejam os monstros que vemos surgir em todos os lugares do planeta. Essas leis, contudo, não impedem Deus-Pai de corrigir aos seus filhos. Ele tem zelo e cuidado por nós a tal ponto, que jamais nos deixaria de corrigir para o o nosso bem. E nem por isso deixa de nos amar e de ser bom. Seu amor e sua bondade são demonstratos em seu zelo por cada um de seus filhos.
- Um Pai que não é pai de todos (1João 3.1) – esta é uma verdade indigesta para alguns, mas é a verdade. A verdade não é prazerosa como muitos gostariam que fosse e nem tem compromisso em enganar e massagear a consciência dos que não desejam mudanças espirituais em si mesmos. Deus é Pai dos que Ele chama de filhos, dos que o mundo não aceita e os rejeita por terem esse conhecimento sobre Deus, e porque acima de tudo, não conhecem o próprio Deus. No máximo, têm um conceito pessoal do que seria “deus”, mas longe de expressar as caracteísticas do Deus da Bíblia. Outros possuem conceitos sociais, antropológicos, científicos, culturais ou religiosos sobre Deus, mas não chegam perto da revelação bíblica sobre Ele.
Que este Pai seja o verdadeiro homenageado neste dia comemorativo, e em seguida celebremos as festas com nossos entes mais preciosos na terra. Paz a todos!
pathr - tradução da palavra aramaica “abba” = Pai
Em nenhum lugar, em toda a imensa riqueza da literatura devocional produzida pelo judaísmo antigo, se acha “abba” empregado como modo de se dirigir a Deus.
Jesus ao fazer isso, empregava a palavra calorosa e familiar “abba” que se usava na vida diária da família.
Esse emprego inteiramente novo, e, para os judeus, nunca imaginado, do termo infantil e familiar de “abba” na oração é uma expressão do relacionamento sem igual entre Jesus e Deus.
Jesus transfere essa intimidade e possibilidade de relacionamento com Deus a todos os discípulos quando os ensina a orar “Pai nosso”.
Carlos de Carvalho servo de Deus em Cristo Jesus
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